Quarta-feira, 30 de Abril de 2008

No Bolhão, a luta faz-se com Portugal no coração!

    Nada melhor que fazer uma visitinha ao Bolhão, e que o diga um colega nosso (João Ribeiro) que se dedica à arte de fotografar. O seu trabalho esta realmente muito bom. Tal como ele, esperemos que gostem!!  

    "Decidi dar um salto ao Bolhão para sentir um pouco da indignação dos comerciantes quanto à demolição deste edifício, património da cidade. Reparei também, e é isso que vos tento fazer transparecer nestas fotos, que os comerciantes do Bolhão, na sua grande maioria idosos, são muito crentes e agarrados às suas origens. Podemos observar uma bandeira de Portugal de 10 em 10 metros que andemos, um símbolo religioso em quase todos os estabelecimentos dos comerciantes... Mas acima de tudo, nota-se um grande amor às tradições e grande carinho e respeito por tantos anos despendidos de suor e sacrifício, que agora se vêm obrigados a lutar por eles como se de um filho se tratasse. Defendo as raízes, as tradições, a cultura preservada nas histórias (pré-idade tecnológica) dos idosos... Isto sim, é a verdadeira essência e riqueza de Portugal.
Espero que gostem."  João Ribeiro

 

 

 

 

 

 

 


Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

TCN Portugal substituiu Júlio Macedo por Pedro Neves no cargo de director executivo

 

 

O ex-CEO tem surgido envolvido em negócios polémicos, como o da compra do edifício dos CTT de Coimbra, que está sob investigação!


    A TCN Portugal, promotora do projecto de remodelação/exploração do Mercado do Bolhão, no Porto, decidiu substituir Júlio Macedo por Pedro Neves no cargo de director executivo. A decisão dos accionistas decorre do envolvimento de Júlio Macedo, que o PÚBLICO tentou ouvir sem sucesso, em negócios polémicos, que nalguns casos estão a ser investigados pelas autoridades. Macedo foi, aliás, constituído arguido pelos crimes de corrupção e tráfico de influências, no caso da transacção de imóveis dos CTT em Coimbra e Lisboa.
    Avaliado em 17,7 milhões, o prédio de Coimbra foi negociado com a TCN, mas acabou por ser comprado, por 14,8 milhões pela Demagre, de que Júlio Macedo era também administrador. E, no mesmo dia, foi vendido, por 20 milhões, à ESAF, do Grupo Espírito Santo. Na edição de 12 de Abril passado, o semanário Sol noticiou que, nas buscas realizadas ao escritório da TCN, em Lisboa, foram encontrados documentos com a referência ""Amigos dos CTT"-sem recibo-1.000.000,00 Euros", que sugerem ter sido paga uma comissão pelo negócio que auditorias da Inspecção-Geral de Finanças e da Inspecção-Geral de Obras Públicas consideraram lesivo para os CTT.
    Também constituído arguido foi o vereador e líder do PS-Coimbra, Luís Vilar, que, ainda de acordo com o Sol, recebia uma avença de três mil euros mensais mais 5 por cento do valor de cada projecto assinado e de cada escritura de compra e venda assinada na Região Centro. As autoridades registaram depósitos em contas de Vilar de valores não consentâneos com a sua declaração de rendimentos e transferências da conta pessoal de Júlio Macedo. Os investigadores apreenderam ainda um fax em que o vereador pede a Macedo 440 mil euros de comissão "pela compra do edifício dos CTT de Coimbra". No decurso das investigações, o Ministério Público detectou ainda cheques passados por Vilar a Victor Baptista, para custear despesas da candidatura deste deputado e líder distrital do PS à presidência da Câmara de Coimbra, bem como um donativo de Pedro Garcês, também arguido no processo e sócio de Macedo na Demagre e na TCN, à candidatura autárquica de Baptista.
    Júlio Macedo esteve ainda envolvido na alienação de 39 por cento da Termalistur, em S. Pedro do Sul, à TCN, que o presidente da câmara decidiu sozinho, num sábado, depois de a assembleia municipal ter aprovado o negócio com outra empresa. O gestor de negócios da TCN que assinou o contrato era assessor de um vereador da maioria PSD. A câmara acabou por desistir do negócio, muito contestado pela oposição, no início do ano passado.
    Júlio Macedo está ainda associado ao gorar da parceria TCN - Associação Empresarial de Portugal (AEP) para a Exponor XXI, um projecto de 850 milhões relativo à deslocação do parque de exposições da AEP para o Europarque de Santa Maria da Feira e ao aproveitamento imobiliário dos terrenos da actual Exponor, de Leça da Palmeira, que seriam libertados. Macedo e o líder da AEP, Ludgero Marques, envolveram-se em polémica, com o primeiro a acusar o segundo de tentar incluir uma unidade de painéis solares no pólo da Feira, à revelia da TCN. A parceria acabou em divórcio amigável.
 
in Público

Publicado por piriloni às 16:00
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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

TCN volta a desafiar Joaquim Massena a participar no projecto do Bolhão

 "Com a TCN não colaboro. Reuniões públicas poderemos ter, privadas nem pensar", comenta Massena, convencido de que a empresa nem as paredes exteriores do mercado irá manter.

    A TramCroNe (TCN), adjudicatária do Mercado do Bolhão, voltou a desafiar o arquitecto Joaquim Massena a participar no projecto que a empresa está a desenvolver para o local. Depois de, em Julho do ano passado, o ter convidado a fazer o projecto para o mercado, Pedro Neves, o director de operações para a Europa da TCN, lançou o novo desafio num encontro informal com comerciantes, na passada quarta-feira, em que Massena participou enquanto assessor de alguns vendedores. Mais uma vez, o arquitecto recusou o convite e avisou Pedro Neves de que não acredita na possibilidade de a TCN avançar com o conceito conhecido sem demolir as paredes exteriores do Bolhão.
    Ao final da tarde de quarta-feira, todos os corpos dirigentes da Associação Comercial do Bolhão (ACB) foram convocados para uma reunião informal com a TCN. Ao serem confrontados com a análise concreta de algumas questões, Hélder Francisco e Miguel Mendonça terão solicitado a presença de elementos da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC), que se tem oposto à concretização do projecto da TCN. José Maria Silva e Joaquim Massena foram autorizados a participar, para "assessorar" os comerciantes e foi no decorrer da conversa que se seguiu que o desafio de Pedro Neves terá sido lançado. "Disse que temos todo o interesse em contar com a colaboração dele. Como temos em contar com qualquer outra pessoa que queira promover um Bolhão requalificado. Isto é verdade, do fundo do coração", diz Pedro Neves.
    Massena, que em 1998 realizou um projecto para o mercado encomendado pela Câmara do Porto recusado pela actual gestão autárquica, não tem tanta certeza quanto às intenções do dirigente da TCN. "Não quis entender a intenção dele, se não zangava-me", diz Joaquim Massena. Ainda assim, respondeu: "Eu disse que tenho estado a colaborar desde sempre, mas com a TCN não colaboro. Reuniões públicas poderemos ter, privadas nem pensar". Não foi isto que entendeu Pedro Neves. "Não, não, não. O arquitecto Massena disse que teria todo o interesse em trabalhar com a TCN desde que desenvolvesse o projecto dele, o que é algo muito diferente. Ele não tem nada contra a empresa, mas contra o projecto", refere.
    O encontro acabou por se converter num confronto de ideias entre Massena e Pedro Neves. O arquitecto insistiu no facto de o seu projecto permitir que os comerciantes continuassem no mercado, durante as obras, e disse ao engenheiro da TCN não acreditar na possibilidade de se realizarem as obras preconizadas pela TCN sem demolir, também, as paredes exteriores. "Se demolirem o interior - conforme o engenheiro Pedro Neves já disse que faria -, e quiserem fazer o que é conhecido, as paredes exteriores ficarão fragilizadas e a ruptura será iminente", garante Joaquim Massena. Manter as paredes de pé não é impossível, diz o arquitecto, mas Massena não acredita que a TCN opte por as manter. "O custo é tão elevado que não acredito que o façam", insiste.
    Mais uma vez, Pedro Neves rejeita esta versão. "Enquanto promotores não nos ficamos pelo projecto. Temos que encontrar soluções de estrutura, de construção, soluções para os utilizadores finais. E tudo isto tem que satisfazer duas entidades fundamentais: a câmara e o Igespar, porque ambas têm que aprovar o projecto. É claro que nós fazemos ver a necessidade de o projecto ser sustentável em todas as vertentes", desfia Pedro Neves, concluindo: "Temos soluções de engenharia que permitem avançar sem demolir as paredes exteriores".
    Este encontro entre a ACB e a TCN foi o primeiro em que estiveram presentes todos os membros dos corpos dirigentes da associação de comerciantes. No próximo dia 23, estes deverão reunir-se em assembleia geral extraordinária para analisar o processo do Bolhão e aferir da legalidade da actual direcção.
in Jornal Público

Publicado por piriloni às 16:50
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Sábado, 12 de Abril de 2008

Relatório sobre o Bolhão deverá ser conhecido em Junho

    Começam ainda este mês as audições de entidades ligadas ao projecto do Bolhão aceite pela autarquia portuense. Entre os que foram requisitados para estas audiências encontra-se a Câmara do Porto e o Igespar. Relatório deve estar concluído em Junho.


    O relatório da Comissão Parlamentar de Poder Local acerca da requalificação do Mercado do Bolhão, no Porto, poderá estar pronto em meados de Junho, disse à Lusa o deputado socialista Fernando Jesus. Segundo este parlamentar, que é também o relator destacado para este dossier, a comissão irá reunir-se na terça-feira para aprovar um relatório intercalar com informação sobre o projecto e o modelo de gestão para o Bolhão.
    A partir de dia 21 ou 22 começarão as audições, no Governo Civil do Porto, com o Instituto e Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), a Câmara Municipal do Porto, a Plataforma Cívica, a empresa de capitais holandeses TramCroNe e o arquitecto Joaquim Massena, criador de um projecto de reabilitação do mercado na altura da presidência de Fernando Gomes que também será ouvido.
    Após as duas ou três semanas de audições, a comissão tem 60 dias para elaborar um primeiro relatório sobre o processo relacionado com o Bolhão.
    As audições decorrem da entrega a 27 de Janeiro, no Parlamento, de uma petição visando impedir a eventual demolição interior do histórico mercado portuenses
    Chegou a ser equacionada a hipótese das audições se iniciarem já na segunda-feira, como apontou quinta-feira à Lusa o arquitecto Correia Fernandes, um dos primeiros subscritores da petição, mas a ideia acabou por ser afastada.
    A Plataforma Cívica, por outro lado, aguarda com expectativa o que o Igespar decidirá sobre este projecto. Segundo Correia Fernandes, o que está em jogo é o futuro de um imóvel classificado e cujo “uso não pode ser alterado” em função do que reza o Plano Director Municipal do Porto.
    Correia Fernandes receia que o Instituto opte por decidir negociar com a TramCroNe a revisão do projecto que a empresa acordou com a autarquia, reduzindo, nomeadamente, a sua volumetria.
    O Bolhão, segundo propõe a TramCroNe, terá sete pisos, os dois últimos para habitação. A intervenção está orçada em 50 milhões de euros.
    A Plataforma contesta qualquer obra que altere a actual fisionomia arquitectónica deste equipamento público e por isso programou uma série de iniciativas públicas para tentar sensibilizar a população, assim como personalidades e instituições locais.

 

in Destakes


Publicado por piriloni às 17:01
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Sexta-feira, 11 de Abril de 2008

Movimento defende referendo para o Bolhão

Plataforma Cívica recolhe assinaturas para inviabilizar projectos para aquele espaço. Conferência e manifesto preparados para finais de Maio.
 
 
 
    A plataforma Cívica pondera lançar uma campanha de recolha de assinaturas para a realização de um referendo local sobre o futuro do Mercado do Bolhão e, em geral, do património da cidade do Porto. A informação foi dada ontem à agência Lusa por um dos principais animadores do movimento, constituído em Fevereiro para tentar inviabilizar o projecto que a Câmara do Porto aprovou para aquele ex-líbris da cidade. José Maria Silva sustentou que a Plataforma quer “avançar rapidamente” para o referendo e acredita que o assunto já será discutido na “conferência cívica” planeada para “finais de Maio” no Porto. Essa conferência tem como objectivo reunir “um conjunto de personalidades e instituições da cidade” na defesa do Bolhão e outros equipamentos que são parte da “memória colectiva do Porto”.
    A ocasião, disse, servirá ainda para apreciar um “manifesto” centrado em três grandes objectivos: “promover a participação colectiva” na luta pelos valores culturais e históricos da cidade, promover esses valores e “defender a causa do património”.
    Um dos rostos mais conhecidos da Plataforma Cívica é o arquitecto Joaquim Massena que, em 1992, ganhou o concurso público lançado pela Câmara para um projecto de consolidação e reabilitação do mercado. O projecto concebido por Massena ficou na gaveta. A autarquia explicou, então, que não tinha dinheiro para o executar.
    O arquitecto não se deixa, no entanto, convencer e, como exemplo, diz que era possível obter fundos através do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Massena socorre-se de um recorte de jornal para mostrar que foi com o socialista Nuno Cardoso como presidente da Câmara do Porto (1999-2002) que se começou a falar em “envolver privados no processo”, com o argumento de que a autarquia não tinha dinheiro para avançar sozinha. Uma das iniciativas que está a ser estudada para os tempos mais próximos é a realização de um “cordão humano”em volta do Bolhão, envolvendo artistas, e a realização simultânea de espectáculos de teatro, folclore e outros.
in Global

Publicado por piriloni às 16:13
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Segunda-feira, 7 de Abril de 2008

TERÇA, 8 ABRIL, 18:30, NO ORFEÃO - ASSEMBLEIA DE TODOS OS MOVIMENTOS E CIDADÃOS PORTO



Terça-feira, dia 8 Abril, às 18:30, no ORFEÃO DO PORTO [PRAÇA DA BATALHA] vai decorrer a assembleia geral do PIC-Porto, de todos os Movimentos, Associações e Cidadãos singulares do Porto, com o objectivo de reflectir sobre as acções empreendidas, sobre o processo judicial em curso e organizar outros ciclos de acções culturais em torno do Mercado do Bolhão.

Nesta reunião de trabalho, será efectuada uma apresentação do projecto de reabilitação do Mercado do Bolhão de 1998, aprovado pela Câmara e pelo IPPAR, da autoria do arquitecto Joaquim Massena.

Não faltes! Participa!

 

Vamos fazer os possíveis para estar presentes!! Apareçam também!!  

 

 

in: http://manifestobolhao.blogspot.com


Publicado por piriloni às 23:01
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Sábado, 5 de Abril de 2008

Rio não sabe se vai gostar do novo mercado

 

    O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitiu, anteontem à noite, que não sabe se vai gostar do novo Bolhão, após as mudanças operadas no âmbito da concessão do mercado aos holandeses da TCN. Salvaguardando que isso será um questão de gosto pessoal, o autarca sublinhou que, acima de tudo, não é possível manter o equipamento em estado de degradação profunda, "cheio de estacas e meio vazio".

    De uma coisa Rui Rio não tem dúvidas "Se um privado fizer do Bolhão um shopping, vai perder dinheiro". Mais: "Para que o privado tenha rentabilidade, o Bolhão tem de continuar a ser Bolhão, se for mais um centro comercial, definha". Tal como já tinha afirmado em Assembleia Municipal, Rio considerou que o novo Bolhão será inviável se não passar de mais um shopping.

    Mas reiterou, também, que não é possível manter o mercado com as mesmas características das primeiras décadas do século passado. "No Bolhão, terão de conviver a parte tradicional e a parte nova, adequadas ao século XXI", concretizou Rui Rio.

    Perante uma audiência que esgotou a sala de conferências da Quinta da Bonjóia, em Campanhã, o presidente da Câmara do Porto voltou a elogiar as virtudes das parcerias público-privadas, sublinhando que só com a concessão a privados é possível recuperar e revitalizar todos os equipamentos espalhados pela cidade Bolhão, Bom Sucesso, Ferreira Borges, Pavilhão Rosa Mota ou Teatro Rivoli. A Câmara nunca teria capacidade financeira para um intervenção global.

    Rui Rio fez questão de assinalar, também, que a propriedade dos equipamentos manter-se-á na Câmara, sendo que os edifícios estão protegidos pela respectiva classificação patrimonial. Nesse contexto, assinalou que a fachada do Mercado do Bolhão vai ser mantida, apesar de recuperada.

    O projecto da TCN pressupõe alterações no interior. O mercado tradicional passará a ter entrada pela Rua de Fernandes Tomás, ficando concentrado naquele piso, onde também passará a existir uma zona de restauração. O edifício terá, ainda, novas lojas. H.S.

in JN


Publicado por piriloni às 14:12
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Comerciantes Do Bolhão abrem guerra e querem nova associação

Manuel Vitorino, Alfredo Cunha

    Ouvem-se vozes de revolta nas bancas do Bolhão e, desta vez, o ruído vai directo aos ouvidos do presidente da Associação dos Comerciantes, Alcino Sousa. "A sua actuação é prepotente. Não esclarece as pessoas e faz acordos sem estar mandatado", critica Hélder Francisco, comerciante de peixe e, igualmente, membro da direcção da associação. "Estou tranquilo. Só não é esclarecido quem não quer", responde o talhante do Bolhão, interlocutor privilegiado entre os holandeses da TCN e a Câmara do Porto.

    "Ó freguês, venha cá ver os morangos", repetia, ontem, a cada passeante do velho espaço, a vendedeira de frutas, aos poucos clientes em tarde soalheira. "O negócio vai mau. Temos de fazer pela vida", diz, perante alguns estrangeiros de máquina digital na mão e outra gente a espreitar tanta degradação, abandono, sucessivas incúrias.

    Enquanto fala, ouvem-se descontentamentos, amarguras. "As pessoas andam angustiadas, desconfiadas, inseguras. Sabem uma coisa trabalharam aqui uma vida inteira e não sabem nada sobre o seu futuro", insiste Hélder Francisco, não sem antes apontar "uma mão cheia de contradições" nas palavras do presidente da associação. "Dantes, em 2005, falava em defesa do património do Bolhão e, hoje, nada diz sobre a sua destruição. Desde Dezembro do ano passado que as negociações com a TCN passaram ao lado da maioria dos comerciantes. É tudo muito secreto", afiança.

    Fernando Pinto, sócio-gerente de um café virado para a Rua Formosa, também "estranha" o facto do presidente da associação [Alcino Sousa] não estar ao lado de quem tenta defender a alma do Bolhão "Dá a ideia de querer calar as vozes discordantes. Em democracia, é intolerável".

    O mesmo sentimento manifestou, ao JN, Aurora Barros, comerciante de frutas. De "pin" ao peito com as letras "O Bolhão é do Porto/ Não o deixem destruir", soltou a língua "Estou preocupada. Falta diálogo, esclarecimento, informação", concorda. "Está tudo na gaveta de uma só pessoa. Se alguém discorda da maneira como as coisas correm, chovem ameaças. Andam por aí a dizer que o caso vai ser entregue aos tribunais. Tenho a consciência tranquila", avisa Graça Santos, vendedeira de peixe.

    No sector das frutas, partilham-se as mesmas críticas "Ouço falar de obras, mas a associação pouco informa. O mercado faz parte da minha vida. Foi aqui que ajudei a criar os meus filhos", lembra Amélia da Silva Malheiro, 75 anos, a vender flores aos fregueses do Bolhão.

    Ao JN, o comerciante de carnes Alcino Sousa descarta-se das críticas "Estou à frente da associação há nove anos. No passado, tentei fazer vários acordos, mas sempre existiu desinteresse. Só agora há contestação. Não percebo as insinuações que estão a fazer", resume, sem antes afirmar querer "colocar tudo em pratos limpos" na assembleia- -geral, marcada para o próximo dia 23, na Junta de Freguesia de Santo Ildefonso.

in JN


Publicado por piriloni às 14:06
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Sexta-feira, 4 de Abril de 2008

Antigo directordo IPPAR diz que lei protege Bolhão

Mercado do Bolhão terá de respeitar alma e vivência para manter classificação como património do IPPAR

 

Carla Soares

 

 

    Lino Tavares, arqueólogo há 30 anos e antigo director do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), destacou, ontem, que a classificação do Mercado do Bolhão é um "elemento legal" que o protege e que o modelo a adoptar terá que respeitar a "alma" e "vivência" daquele espaço.

    "Estamos perante uma situação que, a ser verdade, nos envergonhará a todos no Mundo", atirou Lino Tavares, num debate organizado pela Plataforma de Intervenção Cívica do Porto, que se centrou no Bolhão e no projecto de reabilitação aprovado pela Câmara e o IPPAR há uma década. "É impossível abordar a peça classificada diminuindo ou excluindo a sua vivência do quotidiano", defendeu, ainda, abordando, de modo mais geral, as questões do património humano e arquitectónico. Além disso, notou no debate sobre o Mercado do Bolhão, "só se acrescenta valor se não se tirar a alma". De resto, é uma questão de "bom senso", uma vez que se trata de um património que, ao ser qualificado, "tem que ser respeitado".

    "O que temos sentido é que, na maior parte das vezes, a abordagem é feita sem conhecimento profundo do valor em causa. Julgo ser este o caso", acrescentou.

    O arqueólogo aproveitou para criticar o que diz ser "uma lógica não de requalificação mas de deitar abaixo e fazer outra vez". E deu o exemplo do Palácio de Cristal que "perdemos".

    Por sua vez, o arquitecto Joaquim Massena falou do seu projecto de reabilitação, apresentado à cidade em 1998, enumerando também os aspectos humanos. Começou por recordar que, quando em 1996 iniciou o projecto, o Bolhão não estava ainda classificado, o que apenas acontecera um ano depois. Questionado pela moderadora sobre o receio da estrutura ruir, o arquitecto recusou fazer "futurologia", destacando apenas "as anomalias de base" e "problemas de fundação". "Ninguém, de verdade, poderá dizer que o Mercado vai ruir", frisou. E os andaimes "pouco estão a fazer" para além de "criar dificuldades às pessoas na comercialização". As anomalias, defendeu, "têm de se corrigidas", com introdução de novos elementos e melhoria do modo de produção e comercialização.

    O arquitecto Manuel Correia Fernandes destacou, por sua vez, a importância do Mercado para se voltar a introduzir no Porto os valores humanos e se conseguir manter a ligação à terra, numa época de regresso generalizado aos centros das cidades.

in JN


Publicado por piriloni às 21:39
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Terça-feira, 1 de Abril de 2008

1º Ciclo de conferências nos próximos dias 3 e 10 de Abril!!

 

 


Publicado por piriloni às 12:29
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O nosso grupo!!

Somos quatro jovens estudantes pertencentes á escola secundária do Padrão da Légua. O grupo formou-se dentro das aulas de Área de Projecto e rapidamente tanto o tema como o nome do grupo surgiram espontaneamente. O nome do nosso grupo "Piriloni" surgiu de uma brincadeira em que juntamos iniciais dos membros do grupo. Criamos um nome sonante, marcante e divertido.

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